quarta-feira, 17 de maio de 2023

História III - Recordando e Contando

José Afonso de Aleluia (Zequinha Aleluia)

O DIA QUE VI O CRISTO NA CHEGADA DE SILVÂNIA

Eu era um garôto com o apelido de Zequinha, tinha mais ou menos 12 ou 13 anos de idade, morava com os meus pais Sebastião Aleluia e Geralda das Dores (Dorinha) na fazenda de nome mumbuca, a gente vivia uma vida simples, estudava, brincava mas também trabalhava muito ajudando os pais.

Eu gostava muito de futebol, lembro-me que na nossa casa tinha um rádio e eu gostava de ouvir os comentários dos jogos do campeonato goiano. Foi por volta dos anos de 1977, que comecei a torcer para o time do Vila Nova, sem saber explicar a motivação, mas a verdade é que quando ouvi numa transmissão pelo rádio o nome  do Vila Nova já simpatizei e tornei-me um torcedor fiel, time que sempre acompanhei e continuo atento e torcendo muito.

Me lembro também das comidas gostosas que minha mãe fazia, bolinho de milho, frango caipira, lambaris fritos e muito mais. Era um tempo difícil mas tenho muitas saudades daquele tempo que morávamos todos juntos, meu pai, minha mãe e nós os filhos,  dez irmãos, cinco homens e cinco mulheres.

Como eu gostava muito de futebol e por possuir um pouco de habilidade com a pelota, uma vez o meu tio José Paixão (in memória) me convidou para fazer parte de sua equipe em um jogo na cidade de Silvânia, no famoso Estádio Caixetão. Fiquei muito feliz com o convite, mas precisa da autorização dos meus pais para ir no evento.

Como os meus pais eram muito cuidadosos e tendo em vista que eu nunca tinha saído de casa para uma viagem cerca de 60 km e em outra cidade eles não quiseram me liberar para ir para o jogo. Diante da situação eu respeitei a decisão de meus pais, mas fiquei muito triste.

Então o meu tio José Paixão foi especialmente na minha casa para pedir a autorização dos meus pais, o que aconteceu, eu fui liberado e fiz na viagem e participei do jogo com muita alegria.

Me lembro que o meu tio morava na zona rural, região água vermelha do meio e eu morava na fazenda mumbuca, uma distância de mais ou menos 30 km. Lembro-me que sempre fazíamos os chamados passeios, as vezes o meu tio vinha com sua família na casa de meus pais, aí tinha jantar, conversas e muitas brincadeiras nossas de crianças.

Quando era nossa família que iam visitá-los agente ia de carroça, uma lotação completa, lá agente dormia, brincava e tudo era muito bom. 

Voltando à história do jogo em Silvânia, este ficou marcado com muita alegria em minha memória, lembro-me que quando estávamos chegando em Silvânia eu vi pela primeira vez a imagem do Cristo, achei muito grande e muito bonito. Como foi bom. Mas os meninos de Silvânia jogavam muito bem eram treinados e habilidosos. Nós perdemos mas foi ótimo.