segunda-feira, 30 de abril de 2012

Crônica de autoria de Rodrigo Melo


 Confronto de hoje: Autoridade x Desordeiros

Uma pergunta para refletir: Será que indivíduos como estes (da foto) estão preocupados com o que está rolando, à sua frente, no gramado?
Vimos nos noticiários que "torcedores" chegam ao descaro de marcar duelos previamente pelas redes sociais na Internet, desafiando integrantes de outras torcidas a acertarem as contas de suas rixas pessoais nos estádios de futebol - quem se lembra da Pamella, uma jovem goiana de 17 anos, assassinada por ter redigido brincadeiras sobre o Vila Nova no Facebook?
O Brasil lidera o ranking de mortes em estádios e as vítimas da violência são geralmente jovens entre 14 e 25 anos. Em outras palavras, pode-se dizer que futebol virou pretexto para delinquentes, bandidos e psicopatas indômitos queimarem suas adrenalinas pelos concretos das arquibancadas. É o resgate dos gladiadores, das barbáries da idade média. Parece que as arenas ressuscitaram o Coliseu.
Temos a sensação que o propósito do espetáculo esportivo está jogando a bola contra a própria rede. A violência e a impunidade já compraram o árbitro e os bandeirinhas desse jogo, enquanto o Poder Público recebe cartão vermelho antes mesmo do aquecimento.
Volta e meia assistimos ao clássico "Autoridade X Desordeiros", dois clubes em constante disputa, onde na realidade este último jamais deveria ser convidado ao certame esportivo. Alguma cláusula foi modificada nesse regulamento.
Infelizmente essas orgias deflagradas de violência afastam cada vez mais dos estádios o "cidadão de bem".
A impunidade é tamanha que os infratores chegam de sola na ordem do evento, maculando o verdadeiro sentido de um espetáculo esportivo: promover a integração social.
Quem sofreu impedimento, foi o atleta ou a paz?
Esta foto também enviada por Rodrigo Melo

Rodrigo Melo

Nenhum comentário:

Postar um comentário