O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) prorrogou por mais 60 dias o afastamento do ex-senador Demóstenes Torres do cargo procurador de Justiça em Goiás. O ex-parlamentar foi cassado no Senado por quebra de decoro parlamentar e está afastado de suas funções como procurador desde outubro do ano passado.
Na época, o CNMP avaliou que “elementos suficientes” indicavam que Demóstenes mantinha “estreita relação” com o contraventor Carlinhos Cachoeira. Demóstenes foi acusado de passar informações sigilosas e privilegiadas sobre ações da Polícia Federal.
No dia 4 de novembro, durante a 18ª sessão ordinária do ano, o conselho ratificou por maioria a decisão monocrática do conselheiro Cláudio Portela, após o conselheiro Luiz Moreira questionar os sucessivos afastamentos do procurador. Moreira havia recomendado que a nova suspensão fosse prorrogada por apenas mais 30 dias, mediante pronunciamento da comissão processante sobre o estado do processo.
A maioria, no entanto, entendeu que o afastamento tem caráter cautelar e que sua duração decorre inclusive por parte dos recursos oferecidos pela defesa.
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