NA ARRANCADA, MEU AVÔ CAIU DA MOTO
Foi lá pelos anos de 1990, um
fato acontecido que causou no memento grande preocupação, mas que logo depois
do susto tornou-se muito engraçado.
Lembro-me muito bem. Eu já morava
e trabalhava aqui na cidade São Miguel do Passa Quatro, Estado de Goiás, meus
pais e meus irmãos moraram na fazenda, local muito bom, terrra fertil e perto,
mais ou menos cinco quilômentos cidade.
Eu e meu irmão o Edinho tínhamos
em sociedade uma Moto Modelo XL 250, era semi-nova e muito boa. Então, meu avô
materno, Rafael Crispim de Carvalho pediu-me para levá-lo na casa dos meus
pais, ele queria ver a minha mãe que é sua filha e claro queria também ver e
conversar com toda família.
Eu ainda estava aprendendo a
dirigir a moto, saímos de São Miguel do Passa Quatro e fomos com tranquilidade.
Ficamos um tempo na casa de meus pais, foi um momento muito agradável e feliz.
Na hora de voltar, com a moto já
funcionando, eu e meu avô já montados eu dirigindo e ele na garupa, na saída da
porta casa de meus pais tinha um morrinho e como eu estava ainda aprendendo
tomava todo cuidado. Lembro que eu aceleva pouco e ia soltando a embrenhagem
mais a moto não saia do lugar, foram várias tentativas, até que acelerei muito
e soltei a embrehagem de uma vez, aí a moto empinou e ficou reta verticalmente
e meu avô que estava na garupa caiu e bateu a nuca no chão. Foi um grande
susto, mas de imediato ele levantou, porém saiu andando de pé, subiu um pouco
mais e sentou-se num cupim no meio do pasto que ficar ao lado da casa. Nós
todos ficamos preocupados, mas ele estava ótimo.
Então retornamos ao objetivo,
novamente liguei a moto e meu avô montou novamente na garupa. Ainda bem que
conseguimos sair e viemos de volta pra cidade com tranquilidade.
Depois do ocorrido, por várias
vezes nos nossos encontros eu e meu avô gostava de lembrar e contar esta
história e ríamos do fato que tornou-se engraçado, contamos pra muita gente.
Ainda, naquele dia, lembro-me
muito bem da preocupação da minha mãe, o nome dela Geralda das Dores de
Aleluia, conhecida carinhosamente por Dorinha. Ela como sempre amável e
cuidadosa queria saber de tudo, se tinha machucado, se estava doendo ... etc.
Minha mãe meu maior amor.
Saudades
Infelizmente pouco anos depois, foi no dia 04/12/1991, um acidente trágico no trevo de vianópolis tirou a sua vida da minha mãe, ele ainda tinha apenas 42 anos de idade. O acidente tirou também a vida da minha irmãzinha Adriana de Fátima Aleluia, ele foi levada e internada em um Hospital em Goiânia mas faleceu no 07/12/1991, ele tinha apenas dois aninhos de idade. Foi e continua sendo o momento mais triste de minha vida. Hoje elas vivem na Eternidade ao lado do Senhor.
Já o meu avô Rafael Crispim de Carvalho faleceu no dia 09 de outubro de 2015, aos 89 anos de idade. Ele era membro de uma família de pioneiros de São Miguel do Passa Quatro. Ele veio de uma família de 9 irmãos, a sua irmandade constituiu numa das primeiras famílias que vieram para ocupar e construir a história da povoação e surgimento da cidade de São Miguel do Passa Quatro.
O meu avô Faé como era
carinhosamente chamado foi casado com Luzia Barbosa e criou onze filhos: Maria
José, Antonio Rafael, Afonso, Aparecida, Dorinha, José Crispim, Calisto
Crispim, Carlito Donizete, Marli, Ozailda e Joaquim Rafael.
Autor: José Afonso de Aleluia
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